“Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mateus 12.30).
Decididamente, a liderança da Igreja Anglicana e a equipe de editores da revista americana Christianity Today perderam o temor de Deus.
Esses cristãos praticantes (assim como muitos outros) tiveram a ousadia de se posicionar contra a Palavra de Deus, opondo-se ao direito do povo de Deus à terra que o Senhor lhes deu, e trocando o nome dela. Dessa forma, colocaram-se ao lado das forças contrárias a Deus neste mundo.
Fico tremendo só de pensar no que os aguarda.
No dia 6 de fevereiro de 2006, o Sínodo Geral da Igreja Anglicana votou pela retirada dos investimentos aplicados em empresas cujos produtos são usados por Israel na “ocupação ilegal” da Judéia e Samaria. Essa atitude foi tomada em resposta a um apelo do sacerdote “palestino” da Igreja Anglicana de Jerusalém. Ao fazer isso, o sínodo inglês seguiu o exemplo de alguns episcopais americanos, que já haviam tomado a mesma decisão anteriormente. Estes, por sua vez, foram “inspirados” pela decisão pioneira da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, que em 2004 inaugurou esse caminho antiisraelita para o mundo protestante.
Seguindo a decisão anglicana, o ex-arcebispo de Canterbury, Lord George Carey, disse que a igreja deveria “falar em investir na Palestina, e não apenas em não investir [em Israel]”.
Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, no dia em que a vergonhosa decisão foi aprovada na Inglaterra, a revista Christianity Today, de grande circulação, publicou um novo artigo principal em seu site na internet, intitulado “A perturbadora democracia da Palestina”.
Embora seja louvável que o artigo abordasse a difícil condição em que vivem os árabes cristãos nas áreas em que o Hamas teve vitória nas eleições, sua perspectiva era totalmente imprópria para uma publicação que afirma ter uma “teologia baseada na Bíblia”.
O ex-arcebispo de Canterbury, Lord George Carey, disse que a igreja deveria “falar em investir na Palestina, e não apenas em não investir [em Israel]”.
A localização exata dessa Palestina a que todos esses cristãos se referem continua sendo um mistério. Eu fui procurar esse lugar na Bíblia, mas não consegui encontrá-lo em parte alguma.
Aqui está o que encontrei de fato:
– João Batista pregava às margens do rio Jordão e ali batizava pessoas “no deserto da Judéia” (Mateus 3.1).
– José, o marido da grávida Miriam (Maria), levou-a com ele “da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém” (Lucas 2.4), para participar do censo romano.
– Jesus nasceu em “Belém da Judéia” (Mateus 2.1).
– Ameaçados por Herodes, José e Miriam pegaram o menino e fugiram para o Egito, onde foram instruídos – após a morte de Herodes – a voltar “para a terra de Israel” (Mateus 2.20).
– Jesus cresceu em Nazaré, na Galiléia. Durante Seus três anos e meio de ministério, Ele curou pessoas e ensinou na Galiléia e na Judéia, passando por Samaria (João 4.3).
– Os discípulos foram comissionados por Jesus para serem Suas testemunhas “tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
– As primeiras igrejas foram fundadas na “Judéia, Galiléia e Samaria”, onde [os discípulos] andavam “no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, [e cresciam] em número” (Atos 9.31).
O Novo Testamento – seja nos Evangelhos, nas narrativas sobre os primórdios da Igreja ou nas epístolas escritas às primeiras comunidades cristãs – não menciona nenhum lugar chamado “Palestina”.
O ex-arcebispo de Canterbury, Lord George Carey, disse que a igreja deveria “falar em investir na Palestina, e não apenas em não investir [em Israel]”.
No Antigo Testamento, existe uma única ocorrência de uma palavra para designar a região de “Peleshet”. Sete versões da Bíblia traduzem essa palavra como “Filístia”. Só a versão King James traduz “Peleshet” como “Palestina”**.
A maioria das versões concorda que a tradução deveria ser Filístia, porque se refere às terras dos filisteus – um povo hoje extinto.
Em todo o mundo, dezenas de milhares de anglicanos e episcopais são influenciados pelas decisões do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra. Foto: Catedral de Hereford.
Os palestinos também são um povo que não existe. Não que tenham sido aniquilados por alguém, mas sim porque nunca existiram. Os que hoje se identificam como palestinos são simplesmente árabes – membros da grande nação expansionista que atualmente ocupa a maior parte do Oriente Médio.
Foram os romanos, depois de empreenderam uma guerra genocida contra Israel e de arrasarem Jerusalém, que deram o nome de Palestina à terra de Israel, em homenagem aos antigos inimigos dos israelitas, como um último ato de desprezo pelos judeus conquistados.
É claro que tudo isso é de pouco interesse para aqueles elementos da comunidade cristã que se recusam a aceitar o retorno do remanescente judeu à sua pátria ancestral, em cumprimento à profecia bíblica. E eles estão ensinando os membros de suas congregações e seus leitores a serem tão ignorantes quanto eles mesmos.
Segundo o site da Igreja da Inglaterra, cerca de dois milhões de pessoas participam mensalmente dos cultos dessa denominação, enquanto quase um milhão de crianças estudam em escolas anglicanas. Em todo o mundo, dezenas de milhares de anglicanos e episcopais são influenciados pelas decisões do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra.
A Christianity Today, que afirma ter mais de dois milhões de leitores – embora, provavelmente, alcance muito mais que isso via internet – descreve sua missão com estas palavras: “Envolver, encorajar e capacitar a igreja no mundo inteiro, mostrando a profundidade e o poder transformador do Evangelho, na forma como ele permeia todas as esferas da vida”.
Com artigos como esse que publicou recentemente, a Christianity Today está capacitando seus leitores a se colocarem contra Israel e ao lado do mundo.
Por mais bizarro que isso possa parecer, a Igreja Anglicana e a Christianity Today estão agora alinhadas com o Hamas, e servindo aos propósitos do islã.
Com artigos como esse que publicou recentemente, a Christianity Today está capacitando seus leitores a se colocarem contra Israel e ao lado do mundo.
Por mais bizarro que isso possa parecer, a Igreja Anglicana e a Christianity Today estão agora alinhadas com o Hamas, e servindo aos propósitos do islã.
** Também em português, sete versões traduzem “Peleshet” como “Filístia”. Apenas a Nova Tradução na Linguagem de Hoje usa a palavra “Filistéia”. (N. da T.)
Prezado Rodrigo, tu bem sabes o quanto te admiro, seja por sua inteligencia seja por sua devoção e fé, o que não posso concorcordar são as infelizes palavras do texto postado. Israel não é o povo de Deus, pois age contra a vontade de Deus, massacrando seus irmãos palestinos. Segundo os evangelhos, Deus é aquele que ama por preferência os pobres e perseguidos e aquele que condena os exploradores, neste caso Deus está com os palestinos contra o Estado terrorista e fascista de Israel. O EStado Judaico mata, tortura e aterroriza, se este é o povo de Deus não quero nem ver o povo do diabo.
ResponderExcluirADELSON VIDAL ALVES
Saudações Adelson,
ExcluirPrimeiro, obrigado pelo seu comentário. A ideia desse blog é essa mesmo, trazer novas idéias.
O texto referido trata da visão teológica de Israel, e não da visão política do Estado de Israel.
Todo estado político, por sua própria concepção de hegemonia, vai subjulgar povos. E a história é cheia de retatos de povos que eram oprimidos e passaram a ser opressores, vide os etruscos e a formação de Roma, a antiga Grêcia e o império Mâcedônio e tantos outros.
Mas me comprometo a escrever, futuramente, o conflito árabe-israilense na visão histórica e política.