sábado, 15 de outubro de 2011

Jovens, igreja e solidão



59% dos jovens abandonam Igreja aos 15 anos por falta de amizade



Pesquisadores descobriram que 59% dos jovens cristãos abandonam a igreja de forma permanente ou durante um longo período de tempo após completar 15 anos de idade.

A pesquisa foi realizada pelo Grupo Barna, revela que grande parte dos jovens vê a igreja como um lugar pouco amigável e cheio de julgamento, segundo o site Cristianos.

O estudo, que envolveu entrevistas com 1.296 jovens que são ou já foram membros de igrejas, é o resultado de um trabalho de cinco anos reunido no livro “You Lost Me: Why Young Christians are Leaving Church and Rethinking Faith” (Você me perdeu: Por que os jovens cristãos estão abandonando a Igreja e repensando a fé, em português), escrito pelo atual presidente do Grupo Barna, David Kinnaman.

Os resultados da enquete mostram também que na faixa dos 18 a 29 anos os jovens acreditam que “os Cristãos demonizam tudo que está fora da igreja”; e um terço deles simplesmente acha que “ir à igreja é chato”.

Um dos fatores que vem colaborando para o distanciamento entre os jovens e a igreja é o confronto entre as expectativas religiosas e a experiência sexual dos jovens. Um em cada seis jovens Cristãos afirmam que “cometeram erros e sentiram-se julgados pela igreja por causa deles”.

Enquanto isso, entre os entrevistados católicos, 40% dos jovens entre 18 e 29 anos acreditam que a doutrina de sua igreja em relação à sexualidade e ao controle de natalidade estão “desatualizados”.

Entre os principais fatores que distanciam os jovens da igreja, foram identificados: a atitude superprotetora e exclusivista da igreja, o fato de oferecer uma experiência cristã superficial, visão antagônica à ciência, um lugar em que o sexo é tratado de maneira errada, a não valorização de outros tipos de fé e espiritualidade e a hostilidade que a igreja trata quem não crê no que ela ensina.

De acordo com o site Cristianos, Kinnaman classifica essa evasão dos jovens da igreja como um problema que requer providências urgentes, já que normalmente os jovens saem de casa cedo, vão para a faculdade ou começam logo a trabalhar, casam e têm filhos antes dos 30 anos.

Segundo Kinnarman, as igrejas não estão preparadas para lidar com o ‘novo padrão’ vigente no mundo. “No entanto, o mundo está mudando de maneira significativa, como um acesso cada vez maior ao mundo e a diversas ideologias, em especial por conta da tecnologia, fazendo crescer seu ceticismo em relação a figuras externas de autoridade, incluindo o cristianismo e a Bíblia”, conclui.

É tempo de rever conceito, estimular a mente e o círculo de amizade entre os jovens. O próprio Cristo nos ensina a importância de um grupo de amizade mais intima, apesa de ter uma multidão que o seguia, haviam apenas 70 mais chegados, e desses, 12 mais próximos.

Lideranças cristãs precisam se atentar que essa faixa etária tem necessidades especiais e precisa de uma atenção especial.

Estimular o relacionamento íntimo e pessoal com Deus (experiência metafísica) é bom, mas não basta para esse grupo em especial. É necessário também criar vínculos e estimula-los a se envolver em atividades, dessas atividades são formados os vínculos sociais.

Não é preciso quebrar príncipios biblícos ou "barbarizar" os cultos para estimular e atrair a juventude. Basta dar-lhes a oportunidade de se expressar e mostra-lhes um modelo correto de conduta, sem obliterar sua personalidade. E isso Jesus Cristo mostrou muito bem como se faz.



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