sábado, 5 de maio de 2012
O Estado é laico?
A imagem acima te incomoda?
Somos um país de pluraridade religiosa, composta em sua maioria de católicos, e com franco crescimento protestante, mas o Estado é laico.
Isso significa que você pode ter a religião que quiser e sua liberdade de culto tem que ser respeitada. Mas, também deve ser respeitada essa liberdade de todas as outras religiões; e devem, inclusive, ser respeitados aqueles que não tem religião nenhuma. Por isso, acredito, a coisa pública não deve se misturar com a privada.
Quando se usa uma imagem religiosa numa repartição pública se desrespeita a fé,ou a falta dela,de quem não compartilha da mesma. Afinal esses locais representam o país, para todo o seu povo, independente de religião, ideologias e etc...
Não entrarei no mérito religioso, afinal a discussão é sobre o estado laico, algo fudamental para a democracia, assunto relevante. A quem diga que a história de um povo deve ser respeitada. A cruz é hoje um símbolo universal. Representa o amor, a doação, e serve para lembrar a cada magistrado o maior erro judiciário de todos os tempos.
Mas devo admitir, se os cidadãos cristãos põe seus símbolos em repartições públicas, os outros cidadãos não-cristãos poderiam reeinvindicar o mesmo direito.
Não me entenda mal. Sou cristão e gosto de ver minha crença representada em repartições públicas, na moeda nacional e na Constituição. Mas a cidadania vai além de um gosto ou privilégio religioso.
Recentemente o governador do estado do Rio de Janeiro considerou uma divindade do Panteão de uma religião de matriz africana como patrimônio do estado do Rio de Janeiro. O antecessor desse declarou um feriado estadual para uma outra divindade de uma religião de matriz européia, com raíz na cultura cristã-judaica. Por que não privilégiar as religiões orientais ou aqueles que não tem crença em divindade alguma?
Volto a dizer, amo ao meu Deus e suas manifestações, mas não gosto de religião de qualquer espécie.
Grande parte das questões de nossa sociedade brasileira atual perpassam (quando não estão totalmente fundamentados) em questões religiosas.
Apesar de crer em um Deus único (monoteísmo), acredito que devo respeitar aqueles que não tem a mesma crença que a minha. Mas devo reforçar que respeito se adquire dando respeito. Da mesma forma que não gosto que façam pouco caso das crenças alheias, não gosto quando fazem pouco caso das minhas crenças.
Que busquemos sempre o dialógo, ouvir para depois falar, e falar para depois ser ouvido.
Agindo assim, creio eu, poderemos viver harmoniozamente nesse país de proporções continentais chamados Brasil.
Que Deus seja Louvado, por aqueles que Nele acreditam.
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