terça-feira, 25 de setembro de 2012

A manipulação global na mídia



Recentemente recebi em meu e-mail de trabalho um artigo que quero compartilhar com vocês, estava assinado por Gas-PA – Coletivo de Hip Hop LUTARMADA. Não repito o título original do artigo pois não gosto de xingamentos e palavras de baixo calão, mas a informação é válida e a reflexão sobre o artigo necessária. Segue abaixo o texto:




A Rede Globo de Televisão nasceu quase junto com a ditadura civil-militar não por acaso. Ela veio com o propósito de difundir a propaganda ideológica do regime. Aquela ditadura, como a conhecemos, se foi, mas a sociedade continua burguesa e, como com toda hegemonia, ela precisa dominar também pelas idéias. E esse papel a Globo cumpre como ninguém. 
 
Vários, mas muitos, são os exemplos em q a sua dramaturgia se coloca a esse serviço.
A cidade do Rio de Janeiro, que sempre foi considerada a vitrine do país, mais do que nunca vem fazendo jus a esse “título”, visto que ela sediará o maior evento esportivo do planeta, as olimpíadas, além de jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. E é justamente por conta desses acontecimentos que a cidade está se remodelando. Está em curso a chamada faxina étnica, que expulsa do centro e outras áreas valorizadas, pret@s, retirantes e @s mais pobres no geral.



Além da forma clássica que conhecemos de remoções – na base da força – hoje está em voga a chamada “expulsão branca”. Esta consiste na “pacificação” de comunidades do Centro, Zona Sul e nas proximidades dos equipamentos esportivos onde acontecerão jogos dos mega eventos. Essa tal pacificação traz a reboque uma espécie de reurbanização dessas comunidades – mas que visam atender muito mais os turistas e moradores do asfalto – e ainda, a regularização de alguns serviços que antes, na maioria das vezes, eram acessados de forma clandestina. Isso tudo torna muito cara a vida nessas favelas – transformadas em pontos turísticos – o que leva muitas famílias a se deslocarem para bairros distantes de seus locais de trabalho – até em outras cidades – com pouca, ou nenhuma, infra-estrutura. 


E no momento em que as famílias dessas comunidades, com apoio de militantes de partidos e movimentos populares, se organizam para resistir, acontece uma intrigante reviravolta na novela de maior audiência da Rede Globo, Avenida Brasil. O personagem Cadinho (Alexandre Borges), empresário muito bem sucedido, se desdobrando pra ser um bom pai de três famílias, se descuida dos negócios e acaba falindo. Morador da rica e sofisticada Zona Sul carioca, ele se vê escorraçado pelas fúteis e consumistas esposas. Buscando a paz necessária para recomeçar a vida, ele busca abrigo, com amigos, no Divino, fictício bairro da periferia do Rio. Ao mesmo tempo, Monalisa (Eloisa Périssé), pra satisfazer os caprichos do filho que fantasiava viver na Zona Sul, compra um mega apartamento no Leblon. Desanimada com a frieza, a soberba das pessoas e o alto preço da vida na Zona Sul, ela já pensa em voltar pro seu antigo bairro, que na novela, fica próximo à Madureira. Apesar de ambos serem empresári@s bem sucedid@s, ela é a típica suburbana que emergiu nos negócios, enquanto ele, o modelo do burguês de Zona Sul. Mas tanto ele quanto ela dedicaram boa parte de suas ultimas aparições pra falar das enormes vantagens da vida na periferia. São explícitas e constantes declarações de amor! 


Pronto. O recado (subliminar) ta dado. Apesar da abundância dos meios de transporte, do comércio (muitas lojas já ficam abertas 24h), de hospitais, escolas, das maiores oportunidades de emprego e lazer gratuito (é praia que não acaba mais), a vida no subúrbio é tão fascinante que é capaz de seduzir até membros da alta sociedade. Então, por que motivo moradoras e moradores do Santa Marta, Pavão-Pavãozinho, Chapéu Mangueira, Canta Galo, Tabajaras, Quilombo do Sacopã... não aceitariam recomeçar suas vidas longe da fria, cara e tumultuada Zona Sul do Rio?


Se a principal fonte de informação da maior parte do nosso povo é a televisão, temos que estar vigilantes e combativos ao conteúdo da informação que o nosso povo recebe e consome, principalmente as subliminares que são transmitidas através de “inocentes” obras de arte, como tele-novelas. 


E pra ilustrar com arte o nosso debate contra a arte deles, aqui vai uma sugestão. Abalando as Estruturas Globais (O Levante) http://www.youtube.com/watch?v=Y-S5yBj4r-8

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

TEMPO e o VENTO




TEMPO E O VENTO
autor: RMS
Tempo, inimigo tempo...
Que passa sem alento, restando o lamento.
Tempo, inimigo tempo...
Que passa como o vento de
ixando descontentamento.
Tempo, inimigo tempo...
Que já viu tantos enfrentamentos e tormentos
Um filho ao relento, com um pai em pensamento


Tempo, amigo tempo...
Que passa e gera contentamento, surgindo em momento.
Tempo, amigo tempo...
Que passa como o vento formando o elemento
Tempo, amigo tempo...
Que vê surgir o desprendimento e o crescimento
Tempo, amigo tempo...
Que vê amor e entrelaçamento
Um pai em pensamento, pensando no filho em desenvolvimento.

Tempo, inimigo e amigo. Passe e trace o destino.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Educação nas ruas

Já que as universidades estão em greve, as paredes viraram quadros...


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Manifestação contra a Ditadura

Um protesto diferente e pedagogicamente importante. Confira no link abaixo: http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20629

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Virando notícia no mundo - Reportagem feita comigo pela equipe DNS-Tvind





 No mês passado pude estar novamente na Europa e pude conhecer um pessoal muito legal da instituição DRH, em especial o pessoal de um lugar na Dinamarca chamado Holsted.


DRH Holsted começou em 1998 com o objectivo de treinar pessoas para tomar parte no trabalho de desenvolvimento internacional em algumas das regiões mais pobres do mundo. DRH significa "Den Rejsende Højskole" - "A Escola Folk Travelling High '. Isto refere se às escolas que começaram na Dinamarca no início da década de 1970, numa tradição de escolas escandinavas para adultos que oferecem educação para a vida.


Eles se colocam activamente na luta contra a pobreza no nosso mundo, através de programas de treino, que confrontam directamente as questões globais do nosso tempo. Através dos seus programas, eles vêem os participantes que desejam ser uma parte, e contribuintes, para o desenvolvimento progressivo do mundo. Oferecem às pessoas a oportunidade, não só para aprender sobre as atrocidades nas partes mais pobres do mundo, mas também para se unir e fazer alguma coisa; agir, oferecendo-se para lutar contra a pobreza, e contribuir para minimizar essa mesma pobreza existente no mundo. O site da no link DRH-Holsted


Através deles conheci o pessoal do DNS que significa Det Nødvendige Seminarium (Escola de Formação de professores necessário) é um colégio privado de formação de professores com uma abordagem learning-by-doing (aprenda e faça). Foi fundada em 1972 e desde então formou mais de 600 professores. A maioria deles estão agora trabalhando em escolas públicas ou privadas na Europa e em todo o mundo, ensinando no ensino primário e secundário ou a trabalhar como professores ou gestores de desenvolvimento em África ou nos EUA.

DNS é a educação de professores, com uma abordagem diferente para aprender e estudar coisas:

Estudo viagem pela África
- Conceber e preparar para a viagem de carro
- Viagem através do deserto do Saara
- Experimentar as diversas realidades das comunidades africanas
- Investigar questões locais e globais

- Ensinar as crianças e jovens a nível global, regional, ambiente escolar, nacional ou local. 

                                                            Em Nyhavn, na cidade de Copenhagen, Dinamarca.

O site do DNS é DNS-Tvind . Pois é a Lisi, que faz parte dessa galera do bem fez uma entrevista comigo em plena Tvind. Link da entrevista pelo DNS-Tvind.

Tem várias matérias legais no link acima mas a entrevista que eu dei esta na matéria "Evolution, not revolution, by Lisi". Tenho que admitir que não gostei do nome, pois acredito em uma revolução como evolução e vice-versa, mas dou um desconto pela questão da lingua, afinal eramos duas pessoas de países diferentes, com linguas diferentes, usando uma segunda língua diferente para se comunicar. Mas a matéria ficou legal (rsrs). Lisi one hug for you my dear friend.

Uma coisa que tenho que falar, na matéria parece que eu criei o Amigos na Cultura (AAA), organização em que trabalho, mas esse mérito é todo de Marco Aurélio Soares Alves, idealizador do grupo. Mas como fui eu que ficava conversando com as pessoas eles acharam que era eu (rsrs).

                                                                    Eu traduzindo o verdadeiro idealizador do AAA.
                                                            Escola de Lindersvold em Fakse-Storstrom na Dinamarca.


Conheça um pouco mais do AAA, acesse Amigosnacultura.org.br




terça-feira, 3 de julho de 2012

Injustiça - Reportagem feita comigo pela equipe #PraCima

Diante de recente caso de injustiça praticados na cidade de Volta Redonda-RJ, fui convidado pela equipe #PraCima a participar do "Reporter #PraCima Entrevista".

O #PraCima é uma iniciativa de jovens da cidade de Volta Redonda e região para realização de ações afirmativas e de desenvolvimento da juventude como um todo.
 
#PraCima no facebook

No canal abaixo você confere a entrevista:
 
Canal do #PraCima no Youtube



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Quem esta disposto a abrir mão?


É interessante notar como o ser humano é contraditório...

No capitalismo - Muitos querem ter muito dinheiro, mas poucos querem trabalhar...

No conhecimento - Muitos querem ser inteligentes, mas poucos querem investir nos estudos...

No metafísico - Muitos querem ir para o céu, mas ninguém quer morrer...

Precisamos compreender que a prática de uma sociedade igualitária não parte somente de um pensamento coletivo, mas de uma AÇÃO coletiva.

Em um mundo onde os que deveriam oferecer conforto aceitam suborno... Os que levam a Palavra tem uma vida abastarda... É preciso repensar/pensar "o que é o outro", "quem é o próximo"... E, enquanto não exergamos o "outro" e o "próximo" como "nós" poucos prevalecerão sobre muitos...

Mas quem esta disposto a abrir mão de sua abastança para suprir a miséria do outro?

Até mesmo para mim, fica a questão?  


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