segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Alcançando as riquezas

Recentemente a megasena estava oferecendo um prêmio de 300 milhões de reais, uma quantidade de dinheiro considerável, que pode deixar o vencedor rico, da noite para o dia.

Mas um grande volume de dinheiro caracteriza ou qualifica uma pessoa como "rica"?

Já conheci pessoas com muito dinheiro, altos cargos profissionais e grandes posses. Mas tinham um péssimo relacionamento familiar, quando não eram solitárias, ou que dariam tudo o que possuíam para ter uma boa saúde ou pessoas com que partilhar sua riqueza.

Quando falamos de riqueza, falamos de algo que ultrapassa a plenitude e entra no campo da abundância. Uma equação simples: Prosperidade Riqueza.

Prosperidade é quando temos todas as nossas necessidades supridas. Contas pagas, roupas, casa, comida, trabalho, boa prática religiosa (seja ela qual for), bom convívio familiar, etc...

No entanto a prosperidade não ultrapassa limites, não "transborda", temos o básico para viver, sem excasses, mas também sem abundância. Muitos se contentam com isso e são felizes. Afinal, que mal há nisso?

A riqueza é a continuação da prosperidade, pois além de ter as necessidades supridas, temos algo de sobra. Viagens, lazer, mais recursos financeiros, uma dedicação religiosa maior, presentes e mais tempo para a família, etc...

A riqueza é o transbordar do copo, o excesso na colheita, a felicidade não esperada, o novo.

Adam Smith no seu livro "Riqueza das Nações", fala do "produto da terra que proporciona renda, e as vezes não". Ou seja existe uma chave para se alcançar e permanecer com as riquezas.

Karl Marx disse em seu livro "O Capital": "Se o capital se distribuísse em partes iguais entre todos os indivíduos da sociedade, ninguém teria interesse em acumular mais capital do que pudesse empregar por si mesmo". Uma visão interessante, que concordo em parte. Marx sempre acreditou no beneplácito espírito humano, o que é o comunismo, segundo Marx, senão a conscientização da humanidade das desiguldades sociais e econômicas e esforço da mesma e em extingui-las? Seguindo alguns passos dados pelo autor de "O capital", é claro.

Mas deixe-me abordar de forma mais cristã-judaica o termo "riqueza". Riqueza não fala somente de finanças, mas também de finanças.

Riqueza aborda: a satisfação pessoal, sentimental, física, familiar, religiosa (ou metafísica) e financeira. O trabalho também é uma riqueza, bem como o ócio, desde que prazeroso e rentavél.

Em nossa sociedade o capital dita o andamento e estabelecimento do status social. Mas do ponto de vista cristão a riqueza não é medida somente em cifras, mas em tempo e investimento na obra obra de Deus.

No livro de Deuteronômio 8:18, assim esta escrito: "Antes te lembrarás do SENHOR teu Deus, que ele é o que te dá força para adquirires riqueza; para confirmar a sua aliança, que jurou a teus pais, como se vê neste dia."

O próprio Jesus Cristo disse: "Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". Mateus 6:33. E Ele falava de coisas materiais, ao tratar de "estas coisas".

A didática do Reino de Deus é diferente do mundo secular. Qualquer economista ficaria louco ao saber que uma pessoa que quer enriquecer esta "dando" dinheiro em algo que não vai ser revertido diretamente a ela. Mas no Reino de Deus é assim, é dando que se recebe.

"Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo". Lucas 6:38.

Estamos na aurora de um novo tempo.

Durante anos a igreja cristã perdeu o poder econômico. E quando falo "cristã" não me refiro ao ramo católico ou protestante, mas a verdadeira essência, a matriz da igreja, que originou essa duas, e outras tantas.

“Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.” II Coríntios 8:9. Deus não quer dar somente prosperidade aos seus filhos, mas que lhes dar riqueza, abundância, em todos os sentidos, incluindo-se o financeiro.

Mas a riqueza somente vem com um propósito.

Ser rico para ostentação pura e simples não agrada a Deus. A riqueza tem que ter um objetivo, um próposito.

E eu acredito no próposito da unidade na implantação do Reino de Deus na face da Terra.

O preço da unidade foi pago na cruz. Unidade é caminho de morte. Não há como ampliarmos relacionamentos sem abrir mão de alguns possíveis valores que vetam a oportunidade de sermos pessoas melhores em Cristo. A unidade é a oração de Jesus: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17:21). Essa oração não ficará sem resposta. Jesus demoliu o muro da indiferença, mas a sua Amada Noiva, a Igreja, reedificou os muros com suas particularidades, isso gerou um desconforto para o crescimento do Reino e impediu a ampliação da tenda.

Mas a ordem é: “Amplia o lugar da tua tenda, e estendam-se as cortinas das tuas habitações; não o impeças; alonga as tuas cordas, e fixa bem as tuas estacas. Porque transbordarás para a direita e para a esquerda...” (Isaías 54:2-3).

A unidade virá, com ela as riquezas, em todas as áreas. E não faltaram recursos humanos ou financeiros para implantação do Reino de Deus em toda Terra.



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