Uma mesa do Grand Club Lounge, no 20º andar do luxuoso Hotel Hyatt, em São Paulo, foi o cenário do encontro entre a presidenciável pelo PV Marina Silva e o cineasta James Cameron, diretor de Avatar, dono da maior bilheteria do planeta. A reunião, que aconteceu no dia 11 de abril, durou 45 minutos, era desejada por Marina desde que assistiu ao filme e percebeu que, segundo ela, Cameron havia captado a essência da vida na floresta.
Um texto de Marina sobre o filme, relatando a experiência pessoal de assistir a Avatar e as conexões com sua infância, foi entregue a Cameron. Em seguida, a conversa, informal e mediada por tradutor, teve como tema principal os mecanismos de proteção à floresta. Cameron é entusiasta da causa ambiental - esteve no Xingu para conhecer o impasse da hidrelétrica de Belo Monte - e perguntou à pré-candidata como poderia ajudar.
Marina citou várias vezes o pensador Edgar Morin, sublinhando que é fã do conceito de "comunidade de pensamentos", e que defende a criação de um novo processo político para estabelecer uma nova visão de desenvolvimento. E apontou para a Convenção da Biodiversidade, discutida na Conferência Rio 92, ainda não ratificada pelos Estados Unidos. Cameron concordou: "Sim, nós temos trabalho a fazer também."
Para ilustrar o ativismo ambiental de Avatar, o cineasta exaltou a cena do filme em que a árvore dos guerreiros na’vi é derrubada, gerando ligação emocional com a floresta. "É preciso que as pessoas se reconectem com a natureza e que comecem a pensar soluções legais para os problemas, mas o problema é muito mais filosófico", disse.
Coincidentemente, Marina afirma em seu texto que foi às lágrimas ao ver a derrubada da árvore, o que foi apontado por Suzy Amis Cameron, mulher de Cameron, que lia o artigo naquele momento. "É exatamente o que ela diz aqui, veja", mostrou.
Ao término, a pré-candidata tirou fotos com o cineasta, a atriz Sigourney Weaver e o ator Joel David Moore, que protagonizaram Avatar. Foi convidada por Cameron para, dia 24 de abril, participar de uma exibição do filme no Fórum Permanente da ONU, em Nova York.
Marina estará lá no dia e, apesar de compromissos extras - irá participar do "Dia da Terra", 25 de abril -, tentará comparecer à exibição. "Eles (Cameron e equipe) podem ajudar muito", disse, em referência à causa ambiental.
Empatia
Marina ficou visivelmente emocionada ao contar para Cameron sobre sua infância e a relação com o filme. Disse ser favorável ao uso da alta tecnologia em Avatar, porque só com ela seria possível reproduzir com tanta fidelidade a vida na floresta.
Cameron, hoje com 55 anos, contou à pré-candidata que, quando era criança vivia em Kapuskasing, uma pequena vila no Canadá. Sua infância, disse, passou entre idas e vindas na floresta temperada. "Não é uma floresta tropical, é verdade, mas é uma floresta", comentou.
Marina afirmou ter encontrado aí o ponto de conexão entre os dois. "Foi um encontro com muita empatia e, por incrível que pareça, com um nível de proximidade muito grande. Porque quando vi o filme pensei: como ele pegou tantas sutilezas? Ele viveu na floresta também."
Ao despedir-se, Cameron disse estar "fascinado" pelos problemas e que falaria sobre o assunto "a noite toda". Mas que tinha jantar marcado pela distribuidora de Avatar. Convidou Marina para acompanhá-lo, mas ela declinou. Pois na segunda-feira(12), pela manhã, a pré-candidata dará uma palestra no teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Um texto de Marina sobre o filme, relatando a experiência pessoal de assistir a Avatar e as conexões com sua infância, foi entregue a Cameron. Em seguida, a conversa, informal e mediada por tradutor, teve como tema principal os mecanismos de proteção à floresta. Cameron é entusiasta da causa ambiental - esteve no Xingu para conhecer o impasse da hidrelétrica de Belo Monte - e perguntou à pré-candidata como poderia ajudar.
Marina citou várias vezes o pensador Edgar Morin, sublinhando que é fã do conceito de "comunidade de pensamentos", e que defende a criação de um novo processo político para estabelecer uma nova visão de desenvolvimento. E apontou para a Convenção da Biodiversidade, discutida na Conferência Rio 92, ainda não ratificada pelos Estados Unidos. Cameron concordou: "Sim, nós temos trabalho a fazer também."
Para ilustrar o ativismo ambiental de Avatar, o cineasta exaltou a cena do filme em que a árvore dos guerreiros na’vi é derrubada, gerando ligação emocional com a floresta. "É preciso que as pessoas se reconectem com a natureza e que comecem a pensar soluções legais para os problemas, mas o problema é muito mais filosófico", disse.
Coincidentemente, Marina afirma em seu texto que foi às lágrimas ao ver a derrubada da árvore, o que foi apontado por Suzy Amis Cameron, mulher de Cameron, que lia o artigo naquele momento. "É exatamente o que ela diz aqui, veja", mostrou.
Ao término, a pré-candidata tirou fotos com o cineasta, a atriz Sigourney Weaver e o ator Joel David Moore, que protagonizaram Avatar. Foi convidada por Cameron para, dia 24 de abril, participar de uma exibição do filme no Fórum Permanente da ONU, em Nova York.
Marina estará lá no dia e, apesar de compromissos extras - irá participar do "Dia da Terra", 25 de abril -, tentará comparecer à exibição. "Eles (Cameron e equipe) podem ajudar muito", disse, em referência à causa ambiental.
Empatia
Marina ficou visivelmente emocionada ao contar para Cameron sobre sua infância e a relação com o filme. Disse ser favorável ao uso da alta tecnologia em Avatar, porque só com ela seria possível reproduzir com tanta fidelidade a vida na floresta.
Cameron, hoje com 55 anos, contou à pré-candidata que, quando era criança vivia em Kapuskasing, uma pequena vila no Canadá. Sua infância, disse, passou entre idas e vindas na floresta temperada. "Não é uma floresta tropical, é verdade, mas é uma floresta", comentou.
Marina afirmou ter encontrado aí o ponto de conexão entre os dois. "Foi um encontro com muita empatia e, por incrível que pareça, com um nível de proximidade muito grande. Porque quando vi o filme pensei: como ele pegou tantas sutilezas? Ele viveu na floresta também."
Ao despedir-se, Cameron disse estar "fascinado" pelos problemas e que falaria sobre o assunto "a noite toda". Mas que tinha jantar marcado pela distribuidora de Avatar. Convidou Marina para acompanhá-lo, mas ela declinou. Pois na segunda-feira(12), pela manhã, a pré-candidata dará uma palestra no teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
*Fonte: Estadão. Modificado e acrescido por Rodrigo Matias
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