No documento acima, escrito em 13 de maio de 1888, declara, na linguagem atual:
Declara extinta a escravidão no Brasil:
- A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
- Art. 1.º: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
- Art. 2.º: Revogam-se as disposições em contrário.
- Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém.
- O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e interino dos Negócios Estrangeiros, Bacharel Rodrigo Augusto da Silva, do Conselho de Sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar e correr.
- Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67.º da Independência e do Império.
- Princesa Imperial Regente.
- Rodrigo Augusto da Silva
- Carta de lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o Decreto da Assembleia Geral, que houve por bem sancionar, declarando extinta a escravidão no Brasil, como nela se declara. Para Vossa Alteza Imperial ver. Chancelaria-mor do Império - Antônio Ferreira Viana.
- Transitou em 13 de maio de 1888.- José Júlio de Albuquerque.
Assim, foi declarada extinta a abolição no Brasil através da Lei Auréa, assinada pela então regente, Princesa Isabel. E saiu até no diário oficial da união.
Mas existe motivo para celebração? Quero ser otimista e acreditar que sim.
Segundo o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) o número de negros donos de seus próprio negócios tem crescido, veja o gráfico abaixo:
Segundo o presidente do SEBRAE, Luiz Barreto: "A desigualdade ainda existe, mas a melhora da escolaridade e do rendimento aponta para uma situação mais favorável, no futuro, para os negros que estão no empreendedorismo". Eu acredito que isso é motivo de comemoração.
Segundo o último senso do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, realizado em 2010, o número de negros nas universidade aumentou.
De 2000, ano de implantação do sistema de cotas no Brasil, até 2004 o número de negros e pardos que se formavam nas universidades aumentou de 15,7 em 2000, para 35,4 em 2004, mais do que o dobro. E essa pesquisa tem 10 anos.
A UERJ um estudo alguns anos atras sobre o rendimento acadêmico de cotistas e não cotistas, veja o resultado:
Não veja os números absolutos, mas compare o rendimento nos dois vestibulares os cotista tem um rendimento, durante o curso, de 8,007 contra 8,004 dos não cotistas. A matéria completa pode ser lida no link abaixo:
Mesmo assim, continuo sendo contra as cotas, apesar de entender a sua importância e relevância. Acredito que estamos segregando mais que agregando, mas continuo a falar, sou contra mas entendo a importância, afinal, representatividade importa.
Existem muitas mazelas, sim. Pessoas se chamando de macacos e outros absurdos, mas existem mais prós do que contras. Sim, viva o 13 de maio.
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