Vi circulando em algumas redes sociais algumas informações inverídicas com essa imagem a cima sobre o dia de hoje, 24 de junho, e resolvi fazer essa postagem.
Em primeiro lugar, a festa nunca teve origem na MORTE de João, o batista. Na verdade, os católicos celebram em 24 de junho a NATIVIDADE de João, o batista enquanto que sua morte como mártir é celebrada em 29 de agosto, segundo o Martirológio Romano. Por isso eles fazem festas alegres e coloridas em junho em sua homenagem, mas em agosto só fazem memória de seu martírio e a liturgia da Santa Missa nessa ocasião é sóbria e sem festas.
Quando João, o batista, morreu NÃO houve fogueira.
Sim, é verdade que essa celebração é adaptado do solstício de verão europeu que ocorre no meio do inverno aqui do hemisfério sul. A festividade foi introduzida pelos portugueses durante o período colonial (1500-1822), são celebradas durante o mês de junho em todo o país. A festa é celebrada principalmente nas vésperas das solenidades católicas de Santo Antônio(13), São João Batista(24) e São Pedro(29).
A festa junina então ocorria nos solticios para agradecer a colheita e logo foi acrescentada ao calendário da ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana). Trazida e recriada no Brasil no século XVI para ajudar a propagação da religião e a converter indígenas e demais povos. Na época, a honraria aos três santos juninos era marcada por procissões, missas, danças e comemorações populares.
Por causa do sincretismo europeu, a festa incorporou alguns elementos, como os bailes das cortes francesas, que inspiraram os trajes caipiras. Outros elementos das festas juninas incluem:
Fogueiras, que alguns povos europeus acendiam para afastar maus espíritos. Ritos eslavos relacionados com o fogo, a água, a fertilidade e a auto-purificação, como colocar guirlandas de flores na água dos rios para ter sorte ou saltar por cima das fogueiras.
A dança da quadrilha, também tem origem europeia, mais precisamente inglesa com influência francesa, e chegou ao Brasil junto com a família real portuguesa.
Particularmente não celebro essa festa, mas também não fico enchendo a paciência de quem o faz. Cada um faz o quem bem quiser de sua vida e família, e colhe as consequências disso.
Acho desonestidade falarem mentiras sobre essa festa sobre um pretexto de “paganismo”. No entanto, muitos que fazem essas críticas celebram a Páscoa com coelho, Natal com Papai Noel, ou tem seu “culto a celebridades” religiosas como pregadores e cantores, praticam a androlatria e, nesse caso não tecem críticas.
Deixe as pessoas celebrarem, quem quiser se informar é só buscar. Gente feliz não inferniza a vida alheia. 😉
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